NOTA DE REPÚDIO

Natal, 22 de Abril de 2020
Corpo Docente do Mestrado em Uso Sustentável dos Recursos Naturais do IFRN.
 

NOTA DE REPÚDIO

 
Nesse dia de 22 de abril de 2020, no qual se comemora em todo o planeta o 50º Dia da Terra, momento histórico no qual se busca a valorização da vida e do ambiente em todas as instâncias sociais através de ações que deixam ainda mais evidente a necessidade do respeito aos processos democráticos para o almejado acesso à saúde, saneamento e educação, o Corpo Docente do Programa de Pós-graduação em Uso Sustentável dos Recursos Naturais (PPgUSRN) vem demonstrar sua indignação contra a ação anti-democrática de nomeação de um servidor ao cargo de Reitor Pro-Tempore do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte.
Em um processo democrático e participativo de eleição foi eleito, no dia 4 de dezembro de 2019, para o cargo de Reitor do IFRN o Prof. José Arnóbio de Araujo Filho, com mais de 48% dos votos de mais de 47 mil membros de nossa comunidade acadêmica. É em nome desse processo eleitoral, transparente e participativo que gritamos nossa indignação contra esse atentado à Democracia.
O IFRN é uma instituição centenária, com tradição de levar a educação profissional e de qualidade a todos os segmentos da sociedade e na última década se tornou a instituição de educação de maior capilaridade no Rio Grande do Norte, democratizando o acesso a ensino de qualidade para todas as regiões do estado.
Toda a sociedade potiguar tem o IFRN como uma instituição de respeito, cujo caráter democrático de suas ações de pesquisa, ensino e extensão se fortaleceu ainda mais na última década principalmente devido ao uso de ferramentas de gestão participativa. Por ser essencialmente uma instituição democrática é inadmissível para nós, corpo docente do PPgUSRN que qualquer um, sem a legitimidade de um processo eleitoral perante a comunidade acadêmica do IFRN, torne-se o Reitor mesmo que Pro-Tempore da nossa instituição.
O prof. José Arnóbio de Araújo Filho é o Reitor Eleito, em um processo participativo e que foi validado pela mais alta instância deliberativa da nossa instituição, o Conselho Superior (CONSUP) e enviado ainda em janeiro de 2020 para reconhecimento do MEC. A posse do nosso reitor eleito é condição fundamental para a restauração da legitimidade democrática na nossa instituição.
O ato autoritário do Governo Federal, acompanhado do aceite indevido de servidores para assumir esses cargos, nos fere diretamente em um dos pontos que nos é mais sagrado, nossa autonomia e nosso processo participativo e democrático que garante nossas ações de ensino, pesquisa e extensão com as características que nos torna membros dessa honrosa instituição secular.
Só pela Democracia conseguiremos superar nossas desigualdades e devemos lutar por ela em todos os momentos e em todas as instâncias.

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