O PPgUSRN informa a todos que a Defesa de Mestrado da discente ISADORA NATÁLIA ROCHA BARRETO, acontecerá no dia 24 de março de 2022 às 09h00min, em que apresentará o trabalho intitulado: CONSERVAÇÃO DE TARTARUGAS MARINHAS: EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ANÁLISE DAS CAUSAS DE ENCALHES OCORRIDOS NO MUNICÍPIO DE MAXARANGUAPE, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.
Banca Examinadora:
- Presidente da banca/Orientador: Prof. Dr. Julio Alejandro Navoni (IFRN);
- Avaliadora interna 1: Profa. Dra. Luciana de Castro Medeiros (IFRN);
- Avaliadora externa: Profa. Dra. Janine Karla França da Silva Braz (UFRN).
RESUMO:
A redução das populações de tartarugas marinhas tem sido diretamente atribuída às atividades antrópicas de caça às fêmeas, coleta de ovos, destruição dos habitats, expansão urbana imobiliária, pesca predatória, captura incidental por artefatos de pesca, juntamente com a poluição marinha que pode levar um indivíduo à morte por meio da ingestão de lixo ou pelo emaranhamento. Esta pesquisa visa analisar os encalhes de
tartarugas marinhas no município de Maxaranguape, além de integrar essas informações relacionando-as com as atividades de educação ambiental desenvolvidas na região. Portanto, a metodologia e os resultados foram apresentados e divididos em duas seções,
uma com base na análise dos encalhes de tartaruga marinha e outra, com base nas ações de sensibilização e educação ambiental. No período compreendido entre 2016 à 2020 no litoral do município de Maxaranguape, foram registrados um total de 222 encalhes de tartarugas marinhas, sendo 202 registros da espécie Chelonia mydas, representando 90,99% do total de encalhes, foi possível identificar que a Praia de Caraúbas com 5,92 km apresentou o maior número de ocorrências, com 101 registros de encalhes, representando cerca de quase 50% do total de registros, possivelmente por
se tratar de uma vila de pescadores onde a principal fonte de renda vêm da pesca artesanal. Foi possível identificar que os meses de novembro, dezembro e janeiro seria o período de maior mortalidade de tartarugas, coincidindo com o período de defeso da lagosta. A Praia Cabo de São Roque obteve o maior índice de encalhes da espécie Eretmochelys imbricata local que abriga uma importante área de reprodução da referida
2 espécie. A maior quantidade de encalhes ocorreu no ano de 2019, onde superou todo o período do estudo. No entanto, destaca-se a possibilidade de interferência de atividades Pesquisa Sísmica Marítima realizada nesse ano na área do referido trabalho. No ano de 2020 ocorreu uma diminuição no número de encalhes podendo estar relacionada aos primeiros resultados das atividades de educação ambiental, além disso, foi possível evidenciar mudanças de comportamento em dois tipos de pescarias que capturam acidentalmente às tartarugas marinhas, o arrastão de praia e a rede de espera. Conclui-se que os encalhes apresentaram um padrão sazonal e os maiores impactos às tartarugas marinhas foram causados pela captura acidental, porém as ações de educação ambiental com as comunidades tradicionais e os pescadores demonstraram resultados na ajuda à conservação do ambiente marinho e de suas espécies.
