Defesa de TCC do Discente Djalma Valério Ribeiro Neto
Banca Examinadora:
- Presidente da banca/Orientador(a): Dr. Julio Cesar de Pontes (IFRN)
- Coorientador(a): Dra. Ariadne de Souza Silva (UFRN)
- Avaliador(a) Interno(a) 1: Dra. Josyanne Pinto Giesta (IFRN)
- Avaliador(a) Externo(a) 1: Dr. Tércio Graciano Machado (IFRN)
- Avaliador(a) Externo(a) 2: Dr. Raimison Bezerra de Assis (IFBA)
RESUMO: A indústria mineral voltada à extração de rochas ornamentais impacta positivamente na economia do Seridó Norte Rio-grandense. Entretanto, por se tratar de uma extração mineral, recurso natural não renovável, existe um paradoxo entre manter a economia funcionando e, por sua vez, o meio ambiente em equilíbrio para as presentes e futuras gerações, como previsto na Constituição Federal. Sabendo-se que no processo de extração e beneficiamento dessa matéria-prima ocorre a geração de resíduos sólidos, dentre eles o pó de rocha, esta pesquisa busca mitigar os impactos ambientais através da reutilização desse resíduo; utilizando-o na produção de argamassa autonivelante, estando em consonância com a Agenda 2030 através dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. As argamassas autonivelantes são compósitos cimentícios com características particulares de espalhamento através do seu próprio peso, com alta viscosidade, baixa segregação e sem exsudação. Nesse contexto, foi avaliado o efeito da adição de 10, 20 e 30% do resíduo pó de rocha ornamental (RPRO), resultante do processo de beneficiamento como matéria-prima de argamassas autonivelantes, particularmente nas suas propriedades reológicas, físico-mecânicas e microestruturais. O RPRO utilizado é oriundo do município de Parelhas-RN, o qual, após coletado, realizou-se a preparação da amostra para a caracterização físico-química e microestrutural através dos ensaios de fluorescência de raios-X (FRX), granulometria a laser, difração de raios-X (DRX), microscopia eletrônica de varredura (MEV), índice de finura, área superficial específica, volume do poro e índice de atividade pozolânica com cimento Portland; bem como as caracterizações do aglomerante e agregado miúdo. Posteriormente, foi analisado o índice de atividade pozolânica do resíduo que foi adicionado através de suas caracterizações iniciais e do ensaio de índice de atividade pozolânica com cimento Portland aos 28 dias. Foram feitos os ensaios com e sem adição do resíduo, caracterizando-os através de suas propriedades reológicas (estado fresco), físico- mecânicas e microestruturais (estado endurecido). Para o primeiro, avaliou-se o mini slump, mini funil-V, caixa L e retenção de fluxo. Já no estado endurecido, massa específica, absorção de água por capilaridade, absorção de água por imersão, índice de vazios, resistência à compressão, DRX e MEV. Como resultado, o resíduo – pó de rocha ornamental – atuou como fíler na argamassa autonivelante, melhorando a trabalhabilidade, viscosidade e fluidez no estado fresco, possuindo característica de modificador de viscosidade. No estado endurecido, as composições apresentaram baixas absorções de água por capilaridade e por imersão, redução no índice de vazios e elevada resistência à compressão, sendo os traços com adição de 10% e 20%, em peso, classificados como de alta resistência mecânica para pisos, de acordo com a NBR 11801 (ABNT, 2012), com valores superiores a 40Mpa. Assim, obteve-se na pesquisa uma argamassa autonivelante com adição de RPRO com potencial de aplicação na indústria de construção civil, com destaque para a adição de 10%p. que obteve os melhores resultados; além de contribuir com o desenvolvimento sustentável.
Defesa Presencial – Mini Auditório da DIAREN/CNAT