Banca Examinadora:
- Presidente da banca/Orientador: Profa. Dra. Dayana Melo Torres (IFRN)
- Avaliador Interno 1: Prof. Dr. Jean Leite Tavares (IFRN)
- Avaliador Externo 1: Profa. Dra. Luciana Castro de Medeiros (IFRN)
- Avaliador Externo 2: Prof. Dr. Wallace do Nascimento (UFRN)
RESUMO: Os estuários são ecossistemas de transição que ligam as drenagens fluviais ao oceano. Em virtude destas características ambientais favorece o descarte de efluentes de diversas atividades. Além disso, possuem relevante papel ambiental no que tange a fauna e flora específicas do ecossistema. Como também serve de berçário às espécies de crustáceos, bivalves e peixes. Estas especificidades contribuíram para o crescimento populacional sem planejamento e atividades turísticas favorecendo o impacto no corpo aquático, como a eutrofização. A eutrofização é um problema mundial provocado pelo descarte de efluentes domésticos, urbanos, aquícolas e industrial, ocasionando a má qualidade dos corpos aquáticos. É um processo que está associado não apenas com o crescimento da comunidade primária, como também, com mudanças nas características físicas e químicas da água e na redução da biodiversidade. Todavia, estas ferramentas possuem parâmetros que encarecem o monitoramento. O objetivo deste trabalho é avaliar o estado trófico do Estuário do Rio Potengi, utilizando índices de água doce e estuarina. O trabalho foi realizado no Estuário do Rio Potengi pertence a Bacia Hidrográfica do Rio Potengi (BHRP) sendo considerada é uma das importantes bacias hidrográficas do Rio Grande do Norte (RN) e para região metropolitana de Natal e adjacências. A pesquisa teve duração de 11 meses, sendo coletadas amostras de água na camada do epilímnio. Para este estudo foram analisados parâmetros biológicos, físicos e químicos como compostos nitrogenados, fosfatados, oxigênio dissolvido, pH, Clorofila “a”, cor, turbidez e transparência, como também comunidade fitoplanctônica. Estes parâmetros foram utilizados nos índices de estado trófico de Toledo, Lamparrelli e o Trix para obter a classificação trófica. Para o tratamento dos dados foram utilizados métodos estatísticos com Shapiro Wilk, análises não paramétricas de Spearman e de Kruskal Wallis, além das análises de ACP. A entrada de nutrientes no estuário é proveniente de fontes difusas e pontuais, no entanto as maiores concentrações encontradas refere-se ao ponto de descarte de efluente tratado. A classificação trófica do estuário vario de oligotrófico para hipereutrófico. Embora o estado de hipertrofia contribua para a proliferação de microalgas tóxicas, não ocorreu booms de fitoplâncton. A predominância do estado de hipereutrofização contribui para a floração de fitoplâncton tóxico.
